quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

GOVERNO DO ESTADO DO AMAPÁ
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ
DEPARTAMENTO DE PEDAGOGIA
CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA
COORDENADORA: Selma Gomes da Silva
DISCIPLINA: Educação Sociedade e Trabalho
PROFESSORA: Rosinete Rodrigues
ACADEMICOS:
Aline Ferreira de Brito
Cíntia Carvalho da silva
Letícia Silva da Silva
Magno dos Santos Braga
Maria Rosana da Fonseca
Sarah Lisboa dos Santos


RESENHA
KRAWCZYK, Nora. In: Balanço e Perspectivas do Ensino Médio no Brasil, 2




Educação, escola, Professores, Alunos, autores, etc. Fazem a mesma pergunta. O que realmente está acontecendo com o ensino médio brasileiro? Os exames propostos para avaliar o desempenho dos discentes dessa modalidade de ensino mostram resultados insatisfatórios são eles: o sistema de avaliação da educação básica (SAEB) e o Exame nacional do ensino médio (ENEM).
Outro fator preocupante é a desigualdade no que se refere às matriculas segundo Graciano temos
De acordo com a PNAD 2006, o acesso ao ensino médio é profundamente desigual. Consideradas as pessoas com idade de 15 a 17 anos, entre os 20% mais ricos 76,3% frequentava este tipo de ensino. Apesar do aumento constante do número de matriculas no nordeste e redução no Sudeste, para o mesmo grupo etário os índices eram, respectivamente, 33,1% e 76,3%. O recorte étnico-racial demonstra apenas 37,4% da juventude negra acessava o ensino médio, contra 58,4% branca. Entre os que vivem no campo, apenas 27% frequentavam o ensino médio, contra 52% da área urbana.

Desta forma, temos a discriminação-desigualdade como um dos principais fatores que contribuem para o caos que se encontra o nosso ensino médio e outro fator a ser repensado é o resultado do Índice de desenvolvimento da Educação Básica (IDEB/2005), onde a nota nacional foi de 3,4, para a rede privada foi de 5,6 e a rede pública 3,1, considerando-se uma escala de 0 a 10, logo pode se concluir que todos foram baixas, porém os mais pobres são os mais afetados, com isso pode-se confirmar a matricula do aluno no ensino médio, não a garantia e muito menos a qualidade essa última a qual a Lei de Diretrizes e Bases da educação nacional (LDB) é omissa.
A constituição Federal de 1988 traz no seu artigo 208, II “Progressiva universalização do ensino médio gratuito” e a LDB no artigo 4º, II “ Progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio” a expansão desta modalidade de ensino cresceu significativamente desde meados da década de 1990, Porém a sua obrigatoriedade é recente atendendo as intervenções do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
A LDB também dividiu a educação básica em três partes são elas: a educação infantil, ensino fundamental e ensino médio esse ultimo que vem aumentando crescentemente o seu número de matriculas de 1991 para 2007 elas aumentaram 41,7%, mas o abandono e a reprovação continuam altíssimos nessa modalidade de ensino e pouco se faz para mudar esse quadro, e o nosso processo educativo fica com uma lacuna justamente no seu final, haja vista, depois de percorrida essa caminhada o aluno já pode participar de concursos, prestar o vestibular, etc., mas a pergunta continua O que realmente está acontecendo com o ensino médio brasileiro?
Fazendo as devidas analises pode-se chegar à conclusão que a educação que está sendo oferecida no ensino médio não alcança nenhum dos três objetivos Propostos pela LDB que é formação para o mercado de trabalho e a cidadania, pois o primeiro mostra-se insuficiente pelo próprio resultado do ENEM e o segundo é fali do a partir do momento em que a LDB, a constituição não deixam claro o que é cidadania no Brasil, logo a o mesmo tempo que parece ser simples torna-se extremamente complexa.
Por fim, temos que tomar posturas ideológicas a favor de uma educação básica de qualidade que possa realmente formar pessoas capazes de entrar no mercado de trabalho, conscientes o suficiente para lidar com o seu dia-a-dia interagindo na política, saúde, educação, etc. Pessoas capazes de decidir sobre o seu futuro e o de seu país e assim responder a pergunta proposta com atitudes e assim mostrar que a o ensino médio como parte integrante de educação tem jeito e é uma das melhores formas de mudar o quadro pelo qual pena o Brasil.


MACAPÁ
2009

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